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Como utilizar a linguagem corporal de forma segura e confiante

Se você quer descobrir a verdade, não dê ouvidos apenas às palavras que chegam até você. Em vez disso, observe a linguagem corporal do orador. Ela revela os fatos não audíveis. – “Autor desconhecido”

Seu corpo transmite informações antes mesmo de você começar a falar; isso significa que, mesmo com a boca fechada, você está comunicando algo. Desde suas expressões faciais até sua postura e contato visual, todas essas formas de linguagem corporal contribuem para afirmar ou negar aquilo que você está dizendo. Se estiver nervoso, seu corpo pode estar transmitindo ao público uma mensagem diferente da que você pretende comunicar.

A linguagem corporal desempenha um papel fundamental no sucesso das apresentações corporativas. Suas intenções não verbais terão impacto na forma como sua mensagem é recebida, influenciando o grau de envolvimento do seu público e a opinião deles sobre você. Não adianta construir uma narrativa extraordinária se você não conseguir transmitir entusiasmo, receptividade e conexão; sua audiência pode não entender o que você disse e, muito provavelmente, não desenvolverá rapport com você.

Saiba o que você precisa fazer para transmitir confiança quando fala

1 – O poder da postura confiante

No livro “O poder da presença”, escrito pela autora Amy Cuddy, relata que pessoas que se posicionam com uma “postura de poder” se sentem mais confiantes e poderosas.

Transmitir segurança ao falar deve e precisa ser intencional. Quando você realiza uma função de forma intencional, você cria mais possibilidades de blindar seu cérebro de agir no automático, evitando comportamentos destrutivos ou prejudiciais aos olhos da sua audiência.

Como fazer:

  • Fique em pé, com os ombros para trás e os pés afastados na largura dos ombros.
  • Imagine seus ombros se abrindo um do outro para que fiquem centralizados.
  • Coloque as mãos em cada lado do corpo para que você possa fazer gestos com facilidade quando precisar.
  • Fique de frente para o público tanto quanto possível. – Se você estiver em uma sala grande, incline todo o corpo em direção a diferentes partes do público para que todos se sintam incluídos.

A linguagem corporal é falar sem palavras. O corpo é quase um espelho da alma e um cartão de visitas pessoal que revela o nosso interior.

A cientista Amy Cuddy, da Universidade de Harvard, demonstra em seus experimentos que ficar por dois minutos na posição de poder comumente usada pela Mulher Maravilha – ombros abertos, cabeça apontando para o horizonte, mãos fechadas na cintura e pernas entreabertas eleva o nível de testosterona em 20%. E com a testosterona aumentada, a sensação de controle e domínio aumenta imediatamente. Como consequência, pelo poder percebido, o nível de cortisol ou hormônio do estresse cai em aproximadamente 15%

2 – Olhe nos olhos

Sejamos honestos, falar com alguém que olhe nos nossos olhos transmite muito mais confiança do que com alguém que fica esquivando o olhar o tempo todo. Você concorda ou discorda? A Chance de você concordar comigo é de 99,99% espero que você não faça parte da minoria. Quando olhamos nos olhos, possuímos maior chance de criarmos conexão com o seu interlocutor transmitindo um sentimento de respeito e importância. Porém, isso não se define somente em conversas “Um a Um” essa regra vale para reuniões, palestras, workshops e eventos de networking.

Tenha um contato visual sistêmico, você pode estar se perguntando, contato visual sistêmico, isso mesmo. Você precisa criar conexão com todos os quadrantes, desde o primeiro da fila a última fileira, dessa forma, você terá maior chance de calibrar a linguagem não-verbal da sua audiência, porém, tome muito cuidado para não alucinar, criar uma interpretação equivocada sobre a leitura que acaba de fazer.

Essa e a Hora de criar conexão, interação com a sua audiência, podendo ser realizado por meio de perguntas, aproximação e interação.

Como fazer:

  • Existem pessoas que possuem insegurança ao olhar nos olhos da sua audiência, que por mais que queiram e tentam, não conseguem e acabam transmitindo insegurança e incertezas para quem os vejam. A técnica que orientamos aos nossos alunos é fazer olhar cruzado, essa técnica é ideal para grandes públicos, olhem na direção dos olhos / ombros, isso dará uma sensação para quem esteja te vendo, ele está olhando para a pessoa atrás de mim. Lembre-se o olhar precisa passar na direção dos ombros na altura dos olhos, gerando a sensação de quem está na frente que você está olhando para trás e vice-versa.
  • Faça contato visual em formação de ‘M / W’ – Formação ‘M’ olhe para uma pessoa no canto inferior esquerdo traseiro da sala, depois para o canto superior esquerdo da sala, depois para o centro da sala, depois para o canto superior direito da sala, depois para o canto inferior direito da sala, repetindo o movimento formação ‘W’ criando movimento contrário. Tenha cuidado para não repetir a formação ‘M/W’ apenas com os mesmos membros do público sempre que fizer isso – você deseja se conectar com o maior número possível de membros do público, explore sua criatividade e crie movimentos alfabéticos X, Z, Y, N, B até o momento que se sentir seguro e completar o alfabeto visual.
  • Quando estiver sozinho, “Um a Um” muito cuidado com o contato visual prolongado, isso pode gerar um desconforto, o tempo estimado é de 9 à 10seg, depois esquive o olhar para não parecer invasivo ou ameaçador. Lembrando que a regra do tempo é utilizada para reuniões, palestras e eventos.

3 – Os quadrantes – Movimento intencional

Quando falamos de grandes ou pequenas apresentações, certamente estamos falando de uma grande oportunidade para criarmos conexões com as pessoas presentes, porém isso nem sempre acontece. Em meio a tantas informações secundárias roubando nossa atenção, reter a atenção requer técnica e, principalmente, movimentação.
“Você se aproxima do seu objetivo em movimento”. Isso é o que diferencia grandes empresários de sucesso; eles estão criando movimentos contínuos, não necessariamente repetitivos, mas sim estratégicos.

Nem sempre o ambiente será favorável a todos os participantes; em muitos locais, existem os chamados “pontos cegos”. Conhecer o ambiente é extremamente fundamental para aumentar as chances de conexão com o maior número de participantes possível.

Da mesma forma que mencionei no tópico anterior, não basta somente olhar nos olhos; a aproximação física em alguns momentos será necessária. Isso gera na sua audiência uma intimidade e sentimento de pertencimento.


Muito cuidado para não ficar de costas para sua audiência. Em alguns locais, existem as famosas telas de retorno, ajudando você a identificar os pontos abordados na projeção principal e evitando que você olhe para trás. Como isso não está disponível em todos os locais, identificar um ponto “X” no palco é importante. O ponto “X” é um local em que você pode olhar o slide sem virar as costas para sua audiência, fazendo movimentos de 45º.

Visite os três pontos do palco. Se movimentar não significa ficar andando de forma contínua. Dividimos o palco em três quadrantes: 1º lado esquerdo – 2º meio – 3º lado direito. Isso auxilia até na posição meta espacial, início, meio e fim da sua apresentação.

Crie aproximação quando abrir para interação e perguntas. Pergunte o nome, valide a participação e crie conexões poderosas.

4 – Oxigene o seu cérebro – Respire

Quanto mais oxigenado estiver o seu cérebro, mais preparado e seguro você estará para falar em público.

Mesmo que sua audiência não perceba sua respiração, é um fator significativo para retratar uma linguagem corporal confiante.

Manter uma respiração lenta e constante pode reduzir os níveis de estresse e diminuir a probabilidade de você voltar a hábitos nervosos, má postura e movimentos excessivos.

Além de garantir que você esteja falando no ritmo certo e que sua voz possa se projetar pela sala, o que por si só fará com que você se sinta e pareça mais confiante.

Diretrizes para controlar a respiração diafragmática

O primeiro passo é estar atento ao que está acontecendo: nosso coração acelera e nossa respiração fica cada vez mais agitada.

Após desligarmos o piloto automático que muitas vezes nos possui, e percebermos isso, podemos começar a nos concentrar em desacelerar por meio da respiração diafragmática.

A seguir, vamos fazer uma contagem mental: inspiramos por 4 segundos, parando para contar novamente até 4. Expiramos por 6 segundos e pausamos para contar até 2 antes de começar novamente.

Desta forma, a expiração é mais longa que a inspiração, permitindo que a frequência cardíaca diminua e volte ao normal. Desta forma, a expiração é mais longa que a inspiração, permitindo que a frequência cardíaca diminua e volte ao normal.

Uma vez recuperado o controle do nosso corpo, podemos reabrir a porta da sala de reuniões e enfrentar estes clientes difíceis e decisivos para o futuro da empresa.

Vantagens da respiração diafragmática para combater o medo do palco

Num discurso, 38% do impacto é a voz, se falarmos lentamente, rápido, nervoso e em tom baixo, perderemos a ligação com o nosso público e a confiança e fiabilidade das nossas palavras.

Não adianta saber muito se não podemos comunicar nosso conhecimento e obter sucesso com ele.

A respiração diafragmática irá ajudá-lo a lidar com situações estressantes e ansiosas, como falar em público. Com a prática, isso se tornará um hábito automatizado que permitirá que você concentre todos os seus pensamentos e esforços no discurso da reunião, evitando distrações que vêm de dentro do seu próprio corpo.

5 – O poder da projeção vocal

A expressão vocal é intrinsecamente física, e, portanto, está intimamente ligada à linguagem corporal, cujo impacto pode enriquecer ou prejudicar a mensagem transmitida durante um discurso.

Albert Mehrabian, renomado pesquisador da comunicação, dedicou extensos estudos à compreensão da relação entre as mensagens verbais e não verbais, culminando na popularização da chamada ‘Regra 7-38-55’.

Essa regra delineia a importância relativa dos seguintes elementos na comunicação:

  • 7% – Palavras: o conteúdo verbal explícito da mensagem.
  • 38% – Tom de voz: a entonação, o ritmo e a intensidade com que as palavras são proferidas.
  • 55% – Linguagem corporal: os gestos, postura, expressões faciais e outras formas de comunicação não verbal.

Ao integrar esses três elementos de forma eficaz, é possível aumentar significativamente o engajamento e a conexão do público com o orador. É crucial lembrar que a linguagem corporal deve sempre complementar e reforçar a voz, destacando assim a mensagem transmitida.

Portanto, ao se preparar para uma apresentação ou discurso, é fundamental dedicar atenção não apenas às palavras que serão ditas, mas também à maneira como serão expressas verbal e não verbalmente. Essa harmonia entre linguagem verbal e não verbal é essencial para uma comunicação eficaz e impactante.

Você é a sua maior chance de dar certo!

Thiago Alvarenga
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